Um menino chamado
Jonilson ...
Adenil Araújo Lima, filho de Heliodório Araujo Lima (Heliodório do Sítio,
meu avô e Dona Maria Madalena, minha avó (paternos). Dona Teresa Cerqueira Lima, filha de Nelson
Araujo Almeida e Dona Anísia Cequeira Silva, avós maternos, ambos nascido nas
redondezas do povoado, hoje chamado Areia Branca, casaram-se em 1957 na Igreja Católica do mesmo povoado na missa celebrada pelo padre Nicanor.
Nasceu
na fazenda Sítio de Heliódorio Lima em 24 de fevereiro de 1958. Aos seis anos
teve paralisia infantil sendo curado pelo Dr. Carlos Ayres e por Zezinho da farmácia. Aos sete anos foi matriculado na escola municipal de Areia
Branca tendo como professora Marluce Miranda, mas por ter atentado demais foi transferido para
outra escola municipal no povoado de Cigana, onde sua avó Dona Anísia era a
professora, finalmente, aos 09 anos chegou a sede do município de Piritiba e lá passou por duas escolas: o Almirante Barroso e o Edgar Pereira, onde foi aluno de
professor Dário e da professora Aydil Lima. Iniciou a primeira série ginasial no Colégio
Cenecista de Piritiba e logo em seguida foi transferido para Jacobina, onde frequentou a segunda série ginasial e por problemas de adaptação familiar,
fugiu pra casa de volta e lá continuou até concluir o segundo grau.
Morou em São Paulo, Salvador, depois Juazeiro onde viveu a maior parte de sua vida. E atualmente de volta às origens.
Começando pela sua infância, Jonilson passou por várias situações que na sua época de menino, umas eram consideradas
normais e outras problemáticas, de tal forma que as duas maneiras foram aprendizados
significativos para sua formação, pegou ” ponga no trem “ pânico e
desespero de sua mãe, tomou banho no Açude da Leste, “ não era brinquedo não “
por falta de orientação tanto familiar quanto escolar começou experimentar
bebidas e cigarros no momento considerado inadequado, muito novo ainda, mas
ainda na adolescência sob os olhos desconfiados do seu pai e na
orientação precisa e inteligente de sua grande MÃE foi orientado, "meu filho, MORRA DE FOME, de VERGONHA NUNCA", esse foi o princípio da sua caminhada.
Após conclusão do segundo grau em Piritiba, como quase todo nordestino
foi expulso de sua terra natal porque não
votou em Zuzinha na eleição 1976. Seu primeiro
voto foi perdido, portanto não arrumava
trabalho na única estrutura empregadora do município, a prefeitura, modelo
seguido até hoje. São Paulo foi o seu primeiro paradeiro e aí a saudade rasgou seu
peito de um jeito que logo voltou. Salvador foi a segunda aventura, também desaprovada e daí se estabeleceu em JUAZEIRO DA BAHIA, a cidade que lhe abraçou e ofereceu
oportunidades, escola, mercado de
trabalho e a construção do seu maior patrimônio, sua família.
O forrozeiro Jonilson por ele mesmo:
"Feijão de corda, ovo frito no toicim, carne dois pelos assada no espeto, se eu pudesse comia todos os dias e depois se balançar numa rede no varandado ouvindo Luiz Gonzaga até me agarrar no sono. E na boquinha da noite ouvir uma das obras primas da nossa música, O GUARANY, na abertura da “ VOZ DO BRASIL, ainda faço isso hoje. Quanto aos filmes só assisto bang-bang ( Roy Rogers, Giulliano Gema, Antony Stefane, Jonh Wayne e outros grandes artistas dos bons faroestes. E aos domingos gosto de ver minha estrela solitária brilhar nos gramados brasileiro, meu BOTAFOGO, coisas simples que os piscianos gostam."
O essencial é fazer o que gosta, é respeitar o seu perfil, as
suas características e personalidade. A cumplicidade com a sua carreira
profissional e a excelência nos resultados esperados estão fortemente ligados
com a paixão com que se exerce uma atividade.
O forró continua sendo
forró, tão forte, prestigiado
quanto seus criadores, sua
música, sua poesia que deu identidade ao Nordeste e voz aos nordestinos
e nada consegue parar sua caminhada que
propõe a defesa, a valorização e a preservação dos valores do sertão. Luiz Gonzaga
e Dominguinhos mestres e bandeira dos
forrozeiros, a sanfona e o forró o
diploma que certifica nosso xote e baião
como sangue dos verdadeiros nordestinos fieis as suas origens.
A década de 70 é, provavelmente, a mais frutífera da música
brasileira. Belíssimas canções foram compostas e talentosos cantores surgiram
no cenário musical brasileiro. Meados dos anos 80 até os nossos dias está posto
uma relação totalmente inversa, a música
romântica perdeu seu espaço para a pornografia cantada, a beleza da poesia
perdeu para a incompetência de ver versos escritos com duas vogais apenas e o
crescimento sem precedente de admiradores da coisa ruim aumentando.
1-Fale da sua personalidade, seus sonhos e ideais artísticos a serem alcançados. Seus projetos futuros?
Sonho: Nunca para de sonhar,
a genialidade é a capacidade de realizar aquilo que existe no
pensamento.
Ideias Artísticas:
Consolidar o forró na região como agente educador, norteador e motivador do valores do sertão.
2-Fale sua obra: CDs e shows, canções e gravações?
Planejei um CD que foi gravado no final de ano 2013, composições
belíssimas do rei do baião, por Ex.: Sanfona Sentida. Minha missão como
sanfoneiro, forrozeiro e sertanejo é o combate a ignorância que envergonha as
famílias nordestinas, fortalecer as bases culturais regionais para valorização
da cultura local, despertar as autoridades para maior responsabilidade com a
aplicação do recurso público na realização de eventos.
Isso é o resgate das pessoas que realmente fazem a diferença em Piritiba.
ResponderExcluirParabéns Jorge.
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